terça-feira, 17 de março de 2009

Símbolos e Cultura

A vida social é regulada por sistemas de símbolos que nos impulsionam para agir, interagir e nos organizar. Para muitos animais, essas determinações localizam-se nos genes de suas células e fornecem planos de vida biologicamente determinados.

Até certo ponto, isso pode também ser verdadeiro para os homens, mas essas instruções biológicas são complementares, e geralmente complementadas por códigos culturais que regem nossa conduta no espaço social, as conversas com os outros, nossa forma de diálogo, novos relacionamentos e a construção das grandes estruturas das sociedades modernas. Os homens sem símbolos ou cultura ficariam perdidos e o mundo como nós o conhecemos desmoronaria.

Enquanto os símbolos e as normas / regras que ele contêm podem parecer uma obrigação, especialmente num mundo moderno, em que a revolução da informação está sempre gerando novos sistemas de símbolos e que não se pode escapar de um mundo saturado de sinalizações, nós não saberíamos sem tais sistemas de símbolos como agir, como criar novos relacionamentos,e como construir e viver nas estruturas da vida moderna. Em síntese, o homem opera com um código genético e um cultural. Isso leva alguns autores a defini-lo como um ser complexo.


1- A informação que orienta grande parte da atividade humana é simbólica e não genética. Ao contrário dos insetos sociais, os homens criam códigos que orientam seus comportamentos, interações e modos de organização social.


2- A cultura é o sistema de símbolos que uma população cria e usa para organizar-se, facilitar a interação e para regular o comportamento.


3- Há muitos sistemas de símbolos dentre uma população, mas entre os mais importantes estão: a) sistemas de linguagem que as pessoas usam na comunicação; b) sistemas de tecnologias que incorporam o conhecimento sobre o dominar o meio ambiente; c) sistemas de valores que dizem respeito aos princípios de bom e mau, de certo e errado; d) sistemas de crença que organizam as cognições das pessoas sobre o que deveria existir e realmente existe em situações e espaços específicos; e) sistemas normativos que dão expectativas gerais e específicas sobre como as pessoas devem se comportar em diversas situações; e f) estoques de conhecimento, que dispõem de informação implícita que as pessoas inconscientemente usam para compreender as situações.


4- A cultura varia dentro e entre as sociedades, e essa situação geralmente leva ao conflito entre aqueles que possuem valores, crenças ou normas diferentes. Alguns conflitos permanecem no nível simbólico, mas o conflito geralmente surge o combate aberto entre as partes com crenças diferentes.


5- As subculturas surgem e persistem em sociedade complexas, cada um revelando alguns sistemas de símbolos distintos. Às vezes, o conflito é evidente entre subculturas, especialmente quando algumas subculturas são capazes de impor seus símbolos às outras.


6- Sistemas de símbolos geralmente revelam contradições e incoerências, uma situação que pode colocar os indivíduos em conflito pessoal, e às vezes grupal.


7- O etnocentrismo é um subproduto inevitável das diferenças culturais, com indivíduos que vêem como inferiores aqueles símbolos culturais distintos dos seus. O etnocentrismo produz preconceitos que geralmente vêm à tona em conflitos declarados.



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