A organização dos homens não é como uma colméia bem-ordenada. A superpopulação, a multidão, a desigualdade, a injustiça, a discriminação, a intolerância e outras forças separatista geram desordem, estimulam o desvio e conduzem as pessoas à revolta. É difícil abrir um jornal hoje em dia sem ver que alguém foi assassinado ou assaltado, algum grupo que está indignado e protestando, alguém que está abertamente se desviando das convenções, ou alguns grupos que se mantêm em conflito declarado ou desafiando a lei. Enquanto podemos censurar esses fatos, ou até mesmo ter medo deles, devemos reconhecer que eles são inevitáveis em uma sociedade grande e urbana, que revela desigualdades, claros padrões de discriminação e notórias injustiças. Sob essas condições, as pessoas ficam indignadas, fazem greve, encontram abrigo no desvio, eles se organizam para protestar, atacam e desrespeitam as convenções, e de diversas maneiras tornam a vida mais caótica e desordenada.
- A sociedade está sempre em uma situação incômoda, entre as causas que promovem a ordem e aquelas que causam o desvio, o conflito e a desordem.
- Um número de forças inter-relacionadas inevitavelmente pressionam a desordem: a) aumentos no tamanho populacional; b) aumento de diferenciação social; e c) aumento de desigualdade.
- No nível de todo social, o controle social é promovido por: a) uma regulamentação governamental; e b) trocas de mercado.
- No nível das pequenas organizações sociais, o controle social é promovido pela: a) socialização da personalidade; b) sanção mútua; c) rituais; e d) separação de papéis.
- Cada uma das perspectivas teóricas importantes oferece uma análise sobre as causas do desvio. As teorias funcionalistas enfatizam a tensão estrutural entre os objetivos culturais e a distribuição dos meios. As teorias do conflito argumentam que as leis e os procedimentos da sanção ajudam os mais abastados e trabalham contra o pobre. As teorias interacionistas enfatizam os rótulos dados às pessoas e o processo de socialização. E as teorias utilitaristas enfatizam os cálculos de custos, investimentos, envolvimentos e crenças na origem do desvio ou conformidade.
6. A divergência é o processo de protestar contra certos aspectos de uma sociedade. Tal divergência ou dissidência é gerada por desigualdades, que servem como uma pré-condição básica; e então, a dissidência é intensificada quando as pessoas compartilham queixas, formam redes, comunicam, constituem líderes, articulam crenças e sentem relativa privação. Com essas condições prévias e sua intensificação, um número de teorias tem sido oferecido para explicar as explosões coletivas e comportamento de multidão: a) teoria do contágio, que enfatiza a interação face a face dos indivíduos; b) a teoria da convergência, que enfatiza a preparação prévia de indivíduos para atuar dentro de situações de multidões;. C) teoria da norma emergente, que enfatizam que através da interação as pessoas criam normas e situações de multidão, que então orientam seu comportamento. O comportamento de multidão é iniciado com incidentes catalisadores que galvanizam crenças generalizadas, expressando suas indignações. Para tornar-se um movimento social efetivo, a multidão deve dispor de recursos para sustentar suas atividades de protesto.
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