Sociologia é a ciência que tem como objeto de estudo, basicamente, os fatos sociais, suas origens, sua motivação, suas conseqüências e as possíveis formas de intervenção.
Fatos sociais ocorrem a todo momento. Alguns fazem parte do cotidiano de uma cultura e outros provocam mudanças tão profundas no comportamento social que marcam uma época.
A expansão marítima; a reforma protestante; a formação de estados nacionais; as grandes navegações e o desenvolvimento científico e tecnológico são fatos sociais marcantes e que provocaram e ainda provocam mudanças profundas no comportamento de toda uma sociedade.
O termo SOCIOLOGIA foi criado por Augusto Comte, na metade do século XIX, preocupado em desenvolver uma ciência que considerava fundamental e básica para o entendimento da humanidade e do mundo. Todas as demais ciências passariam a constituir partes da ciência máxima e fundamental, que seria a sociologia.
Comte a dividiu em dois grandes ramos: a) estudo da ordem social; b) estudo do progresso social.
Na realidade Comte pretendia utilizar o termo “Física Social”, que ele já havia utilizado em sua obra “Plan des travaux nécessaires pour réorganiser la société”. Quetelet, entretanto, usou o termo em 1869 para assim designar os estudos estatísticos aproximados dos fenômenos sociais.
Sociologia é, então, a ciência dos fenômenos sociais e para seu estudo se utiliza de métodos diversos, entre eles: a) método histórico; b) método comparativo; c) método estatístico. O método estatístico confunde-se um pouco com a sociometria, que é a ciência utilizada para medir matematicamente os fenômenos sociais.
Outro ponto importante a ser levantado na sociologia é a validade ou não da interferência do filósofo no processo social estudado, de forma a modificá-lo de acordo com a sua idéia de ideal sociológico.
Grande parte dos filósofos da antigüidade praticamente abandonaram a análise neutra da realidade social, insistindo em falar sobre a forma que consideravam ideal para aquele momento social.
Em “República”, Platão insiste em impingir sua idéia de ideal social, assim como Tomás Morus em “Utopia”, Campanela em “Cidade do Sol”, e Santo Agostinho em “Cidade de Deus”.
Embora todas essas obras sejam consideradas valiosas para o estudo da Sociologia devemos levar em consideração que elas versam sobre o ideal social pensado e apresentado pelos seus autores.
Em “República”, por exemplo, os comentários feitos por Platão sobre a interdependência e divisão das funções sociais são valiosíssimos até hoje.
O método comparativo, cuja eficácia é até hoje evidente, foi apresentado de forma pioneira por Aristóteles em suas obras “Política” e em “Constituição de Atenas”. Nessas obras Aristóteles analisa as organizações sociais das cidades antigas e elabora estudos sobre a ordem social.
Entre suas idéias, Aristóteles reconhece a família como grupo social básico e elementar e afirma que o homem é um animal político, destinado a viver
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