domingo, 16 de janeiro de 2011

Livro Didático Público de Sociologia

Título: Livro Didático Público de Sociologia  
Autores:Everaldo Lorensetti Katya Cristina de Lima Picanço Marilda Iwaya Salvina Maria Ferreira Sheila Aparecida Santos Silva Valéria Pilão  
Gênero: Educativo  
Editora: SEED - Paraná

Compreender as características das sociedades capitalistas tem sido a preocupação da Sociologia desde o início da sua consolidação como ciência da sociedade no final do século XIX. Nesse período, o capitalismo se configurava como uma nova forma de organização da sociedade caracterizada por novas relações de trabalho. Essas mudanças levaram os pensadores da sociedade da época a indagações e à elaboração de teorias explicativas dessa dinâmica social, sob diferentes olhares e posicionamentos políticos. Desde então, essa tem sido a principal preocupação dessa ciência, qual seja, entender, explicar e questionar os mecanismos de produção, organização, domínio, controle e poder, institucionalizados ou não, que resultam em relações sociais de maior ou menor exploração ou igualdade. 

A sociedade globalizada assumiu tamanha complexidade e mostra-se por meios de tão diversas faces que se tornou impossível à ciência sociológica, ou mesmo a qualquer outra ciência, responder ou explicar a toda problemática social que se apresenta hoje, sem correr o risco de cair em simplificações banais.

É preciso termos humildade para perceber que a amplitude das transformações sociais, políticas, culturais, econômicas e ecológicas que a sociedade e o planeta estão vivendo, não nos permite explicações estreitas ou sectárias, com pretensões de apropriar-se da verdade. 

Por outro lado, pensamos que a complexidade e a amplitude que caracterizam as sociedades contemporâneas, também não devem nos intimidar ou amedrontar, mas sim, nos desafiar para o estudo, para a pesquisa e para uma melhor compreensão e atuação política no mundo em que vivemos. 

É, portanto, a partir dessa dupla perspectiva que apresentamos o Livro Didático Público de Sociologia: 

Com humildade, pois temos clareza de suas limitações. Os conteúdos desenvolvidos foram escolhidos a partir das Diretrizes Curriculares da disciplina, as quais foram discutidas em simpósios e encontros envolvendo professores da área. Certamente muitos outros temas e conteúdos poderiam estar presentes, por sua relevância e urgência, os quais poderão ser contemplados em trabalhos futuros, ou mesmo serem desenvolvidos pelos professores e alunos nas escolas.

Mas também com muito orgulho, pois se trata do resultado de um trabalho realizado coletivamente, por professores da rede pública de ensino, os quais, lançando mão de seus conhecimentos teóricos, articulados aos conhecimentos obtidos na prática escolar, ousaram escrever para seus alunos reais, considerando suas dificuldades e necessidades. Algumas pessoas chamam a isto como “tomar a história nas mãos”, ou seja, encher-se de coragem e tornar-se sujeito na história. 

É com esse espírito que desejamos que você abra as páginas desse livro e inicie-se nos caminhos da sociologia. Você não encontrará respostas prontas, tampouco receitas de como agir na sociedade para tornar-se um cidadão bem-sucedido ou um bom consumidor, mas se defrontrará com desafios que poderão levá-lo a refletir sobre o mundo ao qual você pertence, e, quem sabe, contribuir para uma inserção crítica e participativa na sociedade. Esteja certo de que estas são atitudes de que precisamos para construção de uma sociedade cujas relações apontam também para transformação social. Boa sorte!
Fonte: Vicíados em Livros

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Anarquismo - Origens da ideologia anarquista, por Renato Cancian*

 Bakunin sistematizou princípios que comporiam a ideologia anarquista
 
 
A palavra anarquismo tem origem no termo grego ánarkhos, cujo significado é, aproximadamente, "sem governo". O anarquismo é freqüentemente apontado como uma ideologia negadora dos valores sociais e políticos prevalecentes no mundo moderno: o Estado laico, a lei, a ordem, a religião, a propriedade privada etc.

De fato, como ideologia libertária e profundamente individualista, o anarquismo defende a ruptura com todas as formas de autoridade política e religiosa, a propriedade privada e quaisquer outros tipos de normas institucionais que cerceiem a liberdade do indivíduo em sociedade e na esfera da vida privada.

Anarquismo e comunidade fraterna

As doutrinas de inspiração anarquista defendem a idéia de que a supressão de todas as formas de dominação e opressão vigentes na sociedade moderna daria lugar a uma comunidade mais fraterna e igualitária. Mas a igualdade e a solidariedade comunitária seriam resultados de um esforço individual a partir de um árduo trabalho de conscientização.

Os movimentos anarquistas do século 20 promoveram a criação de núcleos comunitários denominados de "ateneus", para onde eram encaminhados os adeptos desta ideologia e que servia de aprendizagem e aperfeiçoamento intelectual. No Brasil, a primeira experiência desse tipo foi a criação da Colônia Cecília, em 1890, que foi dirigida por imigrantes italianos.

Origens do anarquismo

Não há consenso entre os historiadores sobre as origens da ideologia anarquista. Mas é possível afirmar que alguns pensadores e teóricos, como o inglês William Godwin, que em 1793 publicou o livro "Enquiry Concerning Political Justice" (cuja tradução é Indagação relativa à justiça política), o francês Pierre-Joseph Proudhon, que em 1840 publicou "Qu'est-ce que la propriété?" (cuja tradução é Que é a propriedade?), e o alemão Max Stirner, que publicou "Der Einzige und sein Eigentum" (cuja tradução é O indivíduo e sua propriedade), influenciaram decisivamente o conteúdo da ideologia anarquista.

O anarquismo influenciou importantes movimentos sociais no transcurso do século 19 até a metade do século 20.

Movimentos anarquistas

A crítica da propriedade privada e do Estado burguês feita pelos ideólogos anarquistas resultou no desenvolvimento do trabalho de conscientização e mobilização das massas proletárias (ou seja, o operariado). Em muitos aspectos, a ideologia anarquista se assemelhava à ideologia socialista - principalmente no tocante a luta de classes, a defesa das classes oprimidas, a crítica da propriedade privada, da sociedade e do Estado burguês. Por conta disso, durante décadas os anarquistas e os comunistas se aliaram na organização dos movimentos revolucionários.

Na Europa do século 19, destacou-se o trabalho do intelectual e revolucionário russo Mikhail Bakunin, responsável pela sistematização de muitos princípios, idéias e valores que vão compor a ideologia anarquista. Bakunin inspirou inúmeros movimentos anarquistas por todo o continente.

Anarquismo no Brasil

No Brasil, a ideologia anarquista foi introduzida pelos imigrantes europeus, principalmente os italianos e espanhóis. Os anarquistas foram os responsáveis pela organização dos primeiros movimentos operários e sindicatos trabalhistas autônomos. Eles lideraram as greves de 1917, 1918 e 1919, ocorridas em São Paulo e no Rio de Janeiro.

Entre os militantes anarquistas brasileiros, destacam-se o jornalista Edgard Leuenroth, o filólogo e professor José Oiticica e o intelectual Neno Vasco. A partir da década de 1920, os anarquistas progressivamente se afastam dos socialistas e, cada vez mais, perdem influência social e política. Após a Segunda Guerra Mundial, a ideologia anarquista entra em declínio em praticamente todos os países.
 
 
*Renato Cancian é cientista social, mestre em sociologia política e doutorando em ciências sociais. É autor do livro "Comissão Justiça e Paz de São Paulo: Gênese e Atuação Política - 1972-1985".
 

sábado, 1 de janeiro de 2011

Para refletir...

“Seja a mudança que você deseja ver no mundo.” 
Mahatma Gandhi, líder religioso

Tudo depende de nós. Por que esperar pelos outros ?
Tudo depende de nós mesmos...
E este é o momento de colocar em prática
as mudanças que desejamos no mundo.
Se cada um de nós colocar em prática as mudanças que deseja para o mundo,
o mundo seria ....

Imagem: Aqui
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