Pierre Lévy projeta novo estágio no ciberespaço, com maior organização dos dados disponíveis
Apontado como o profeta do ciberespaço, o filósofo Pierre Lévy se debruça agora sobre como organizar o caos da internet. É que vivemos tempos de ubiquidade. O que isso significa? Quer dizer que a informação está onipresente na rede: a partir do momento que você publica um arquivo online, fica disponível em todos os lugares ao mesmo tempo, acessível a todos. Mas é preciso, prevê Lévy, dar um passo além, e organizar essa bagunça.
O especialista refere-se à necessidade de dar sentido a esses dados. Sobre esse novo estágio da rede, que atende pelo nome de web semântica, ele palestrou ontem na Capital, durante o 5º Fórum de Internet Corporativa. O evento foi promovido pela unidade gaúcha da Associação Brasileira das Agências Digitais (Abradi-RS), como passa a ser chamada agora a Associação Gaúcha das Agências Digitais (Agadi).
Na web semântica de Lévy, os dados ganham uma camada extra de informação sobre eles mesmos (isso se chama metadados). É o que permitiria categorizar o conteúdo online. Como isso seria, ainda é cedo para determinar. Também não é para agora. É para a partir de 2015. Mas o filósofo já prevê que haverá uma grande revolução graças à internet, mas no campo cognitivo. É algo abstrato, admite.
– É como se falássemos de internet com pessoas do século 19. Não poderiam entender. Estamos hoje nessa mesma situação (em relação ao espaço semântico). As grandes etapas da evolução cultural sempre são coisas inimagináveis – afirma.
Como tentativa de elucidar essas ideias, buscou um exemplo no Photoshop, software de edição de imagens. O que permite que as fotos sejam manipuladas? O fato de que há uma matriz básica, um código.
– A ideia da web semântica é codificar, de modo que se possa calcular as ideias, fazendo com que o significado possa ser manipulado por computadores automaticamente – explica.
Umas das principais limitações da internet ainda é a dificuldade de os computadores interpretarem a informação de forma contextualizada.
Nesse cenário projetado por Lévy, ocorrerão cada vez mais representações do mundo físico na web. Mas isso também não significa que tudo vai acontecer no ciberespaço.
Leia também: O consumidor do amanhã - Author: Ricardo do Bem, muito interessante.
Fonte: Jornal Zero Hora - Edição nº 16073 - 25 de Agosto de 2009.
O especialista refere-se à necessidade de dar sentido a esses dados. Sobre esse novo estágio da rede, que atende pelo nome de web semântica, ele palestrou ontem na Capital, durante o 5º Fórum de Internet Corporativa. O evento foi promovido pela unidade gaúcha da Associação Brasileira das Agências Digitais (Abradi-RS), como passa a ser chamada agora a Associação Gaúcha das Agências Digitais (Agadi).
Na web semântica de Lévy, os dados ganham uma camada extra de informação sobre eles mesmos (isso se chama metadados). É o que permitiria categorizar o conteúdo online. Como isso seria, ainda é cedo para determinar. Também não é para agora. É para a partir de 2015. Mas o filósofo já prevê que haverá uma grande revolução graças à internet, mas no campo cognitivo. É algo abstrato, admite.
– É como se falássemos de internet com pessoas do século 19. Não poderiam entender. Estamos hoje nessa mesma situação (em relação ao espaço semântico). As grandes etapas da evolução cultural sempre são coisas inimagináveis – afirma.
Como tentativa de elucidar essas ideias, buscou um exemplo no Photoshop, software de edição de imagens. O que permite que as fotos sejam manipuladas? O fato de que há uma matriz básica, um código.
– A ideia da web semântica é codificar, de modo que se possa calcular as ideias, fazendo com que o significado possa ser manipulado por computadores automaticamente – explica.
Umas das principais limitações da internet ainda é a dificuldade de os computadores interpretarem a informação de forma contextualizada.
Nesse cenário projetado por Lévy, ocorrerão cada vez mais representações do mundo físico na web. Mas isso também não significa que tudo vai acontecer no ciberespaço.
Leia também: O consumidor do amanhã - Author: Ricardo do Bem, muito interessante.
Fonte: Jornal Zero Hora - Edição nº 16073 - 25 de Agosto de 2009.
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