Estamos a caminho..., um futuro não muito distante.
(Idiocracy, 2006) A ideia de Idiocracy é que as pessoas inteligentes morrem mais cedo e sem filhos e os idiotas vivem mais e tem mais filhos. O resultado disso é que gradualmente a raça humana está ficando mais idiota.
No filme um cidadão mediano e uma prostituta são enviados para 500 anos no futuro. Lá encontram uma sociedade imbecilizada e marcada pelo consumismo e vulgaridade, com graves problemas com a água e com o lixo.
Nessa distopia o presidente dos Estados Unidos é Dwayne Elizondo Mountain Dew Herbert Camacho, ator pornô e campeão de luta livre. Todo o suprimento de água foi substituído por Brawndo, uma bebida energética rica em eletrólitos, inclusive na agricultura. Sexo é usado pela publicidade para vender qualquer produto.
Panorama de um planeta com problemas com lixo e com graves carências de engenharia.
O ponto forte do filme são os cenários e marcas do futuro, a maioria variações de marcas já existentes. Há marcas e propagandas em todos os lugares, inclusive dentro do senado.
No futuro os jornais se fundem com revistas pornográficas.
O entretenimento do futuro é assustador e realmente parece ser uma continuação dos dias de hoje. O programa de televisão favorito do público se chama “Oh! My Balls!” onde o protagonista é acertado no saco repetidas vezes. O filme campeão de bilheteria se chama “Ass” que é simplesmente 90 minutos de uma bunda flatulenta. Críticas ao detestável e popular humor-de-banheiro.
Na televisão do futuro você fica sentado numa poltrona-privada sem precisar se levantar para absolutamente nada.
Outra coisa muito engraçada são as máquinas e interfaces do futuro, elas são totalmente anti-burro e pró-burro, só é possível usar as configurações padrão e nada mais.
Máquina para atendimento hospitalar
O problema do filme é que apesar de várias ideias boas e engraçadas, o roteiro é fraquinho. É impossível resistir a tentação de comparar este com o outro filme do mesmo diretor, Mike Judge, o cultuado clássico Office Space (que todos devem assistir).
Presidente Camaro passeando no veículo oficial do presidente.
http://eupodiatamatando.com/tag/ja-vi-esse-filme/
Há um erro no texto. Não é que os inteligentes vivam menos, eles apenas não se reproduzem. Eu também sou um grande fã desse filme. Sob o ponto de vista Darwiniano ele é perfeito. Uma vez foi perguntado ao Richard Dawkins se ele acha que ainda há evolução biológica da espécie humana. Ele então especulou que, talvez, num futuro não muito distante os métodos anticoncepcionais sejam menos eficazes. E a explicação é simples: Aquelas pessoas que lidam bem com esses métodos terão menos descendentes. Já aquelas pessoas cujos anticoncepcionais não fazem efeito ou mesmo pessoas que sejam burras demais pra usa-los terão mais filhos. O paralelo com o filme é assustador.
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